sábado, 24 de julho de 2010

Sobre os Algozes

Clemente V (Bertrand de Got) - Guilherme de Nogaret e Filipe
IV de Valois, "O Belo"
Papa de 1305 a 1314; nascido em Villandraut (Gironde), na França, em
1264.
Em 1309, o papa fixou residência em Avignon, cidade ao sul de
França, alegando ser essa localização mais adequada do que Roma
para administrar a igreja, pois a França era politicamente mais
importante, devido as pressões de Filipe, o Belo.
A sede do papado manteve-se em Avignon por 70 anos (1307- 1377),
episódio que ficou conhecido como Cativeiro de Avignon. Morto em 30
de Abril de 1314 em Roquemaure, na Provença, por ingerir esmeraldas
reduzidas a pó (para curar sua febre e um ataque de angústia e
sofrimento), que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio
foi receitado por médicos desconhecidos (?), quando o papa retornava
a sua cidade natal. Clemente V deixou uma notável coleção de leis
canônicas, as Clementinae, e fundou na Europa várias cátedras de
línguas asiáticas.

Filipe IV (o Belo) - (Fointainebleu 1268 - id. 1314)
Rei da dinastia Capetíngea. Filho de Isabel de Aragão e Felipe III, "o
ousado". Casado com Joana de Navarra. Foi excomungado por
Bonifácio VIII, excomunhão que foi levantada por Clemente V. Saiu a
caçar com seu camareiro, Hugo de Bouville; seu secretário particular,
Maillard e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence.
Sempre acompanhado de seu cães. Foram em busca de um raro cervo
de doze galhos visto perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo
e encontrou um camponês que livra-se de ser servo. Deu-lhe sua
trompa como presente por tê-lo ajudado a localizar o cervo. Achando-o
e estando pronto a atacar-lhe, percebeu uma cruz (dois galhos que se
prenderam nos chifres do cervo) que brilhava (o verniz do galho que reluzia ao sol). Começou a passar mal, não consegui chamar ninguém,
pois estava desprovido de sua trompa. Sentiu um estalo na cabeça e
caiu do cavalo. Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao
palácio, repetindo sempre - "A cruz, a cruz..."e sempre com muita sede.
Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte, que fosse levado a
sua cidade natal; no caso do rei, Fontainebleau. O rei ficou perdido no
seu interior, parecendo um louco, durante uns doze dias. Era dito aos
que perguntavam dele, que tinha caído do cavalo e atacado por um
cervo. Filipe foi levado a fazer um novo testamento e foi instigado por
seus irmãos: Carlos de Valois e Luís d'Evreux, a escrever o que eles
queriam. Logo após terminado, sempre com sede, faleceu.
Diz-se que Irmão Reinaldo, Grande Inquisitor de França, que
acompanhou o rei em seus últimos dias, não conseguiu fechar suas
pálpebras, que se abriam novamente. Foi assim, em seu velório,
necessária uma faixa que cobrisse seus olhos.
Segundo os documentos e relatórios de embaixadores de que se
dispõe, Chega-se a conclusão de Filipe, o Belo, sucumbiu a uma
apoplexia cerebral em uma zona não motora. A afasia do início pode ter
sido devido a uma lesão na região da base do crânio. Teve sua recaída
mortal por volta de 26 de novembro, vindo a falecer em 29 de
Novembro de 1314.

Guilherme de Nogaret (Guarda-Selos do Reino)
Descendente de cátaros, era o oficial chefe de Filipe IV e principal
conselheiro, arquitetou as acusações contra os Templários. Nogaret já
havia cometido ações contra Bonifácio VIII: (seqüestro e espancamento) - Bonifácio VIII (Benedetto Caetani) - Papa de 1294 a
1303; nascido em Anagni, entre 1220 e 1230. Dedicou-se ao estudo de
Direito, sendo considerado, quando cardeal, eminente jurista e hábil
diplomata. Convenceu o Papa eremita Celestino V a renunciar, sendo
eleito em seu lugar. Entrou em choque com Filipe, o Belo; quando
promulgou a bula Clericis Laicos, proibindo o clero de pagar impostos
sem autorização papal. Depois de 1300, cresceram as dificuldades
entre Bonifácio VIII e Filipe, o Belo; que falsificou bulas e pôs os
franceses contra o Papa. Guilherme de Nogaret, aliado a dois cardeais
da família Collona, recruta na Itália um exército, e assalta o Palácio
Anagni. Lá o Papa em seus 86 anos, dentro de seus aposentos
sacerdotais, intimado a renunciar o papado teria dito: ''Aqui está meu
pescoço, aqui está minha cabeça: morrerei, mas morrerei papa!''. Foi
esbofeteado por um dos cardeais Collona e excomungou Guilherme de
Nogaret. Permaneceu prisioneiro por dois dias, até que a população o
socorreu. Regressando à Roma, enlouqueceu devido ao golpe e
morreu blasfemando depois de quatro meses (11 de outubro). Diz-se
que morreu envenenado, fato que se atribui a Nogaret.
Envenenado por uma vela, feita por Evrard, antigo Templário, com a
ajuda de Beatriz d'Hirson (dama de companhia de Mafalda d'Artois,
mãe de Joana e Branca de Borgonha e tia de Margarida de Borgonha,
esposas de Filipe, Carlos e Luís, respectivamente, filhos de Filipe, o
Belo. Era também tia de Roberto d'Artois, um dos muitos amantes de
Isabel, filha de Filipe, o Belo; cuja De Molay era padrinho de batismo).
O veneno contido na vela era composto de dois pós de cores
diferentes:
- CINZA: Cinzas da língua de um dos irmãos d'Aunay (que foram
queimados por terem traído Carlos e Luís com suas respectivas
esposas). Elas tinham um suposto efeito sobrenatural para atrair o
demônio.
- CRISTAL ESBRANQUIÇADO: "Serpente de Faraó". Provavelmente
sulfocianeto de mercúrio. Gera por combustão: Ácido sulfúrico,
vapores de mercúrio e compostos anídricos; podendo assim, provocar
intoxicações tanto cianídrica, quanto mercurial.
Morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome dos que
morreram por suas mãos.
Acompanhe a letra:
Da luz, que si difunde, sagrada filosofia
surgiu no mundo assombrado, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.
Da razão, parte sublime, sacros cultos merecia
altos heróis adoraram, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza vingai direitos, da natureza.
Da razão, suntuoso templo, um grande rei erigia,
foi então instituída, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.
Nobres inventos não morrem, vencem do tempo a porfia
há de os séculos afrontar, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.
Humanos sacros direito, que calcará a tirania
Vai ufana restaurando, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.
Da luz deposito augusto, recatando à hipocrisia
Guarda em si com zelo santo, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.
Cautelosa, esconde e nega, a profana a gente ímpia
Seus mistérios majestosos, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.
Do mundo o Grande Arquiteto, que o mesmo mundo alumia
Propício protege, ampara, a pura maçonaria.
Maçons alerta, tende firmeza
vingai direitos, da natureza.

http://www.culturabrasil.pro.br/demolay.htm

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