sábado, 24 de julho de 2010

BIOGRAFIA DE JACQUES DE MOLAY

Jacques DeMolay nasceu em Vitrey, na França, no ano de 1244. Pouco se
sabe de sua família ou sua primeira infância. Sabe-se que na idade de 21 anos,
ele tornou-se membro da Ordem dos Cavaleiros Templários
A Ordem participou destemidamente de numerosas Cruzadas, e o seu nome
era uma palavra de ordem de heroísmo, quando, em 1298, DeMolay foi eleito
Grão Mestre. Era um cargo que o classificava como e muitas vezes acima de
grandes lordes e príncipes. DeMolay assumiu o cargo numa época em que a
situação para a Cristandade no Oriente estava ruim. Os infiéis sarracenos haviam
conquistado os Cavaleiros das Cruzadas e capturado a Antioquia, Trípoli,
Jerusalém e Acre. Restaram somente os "Cavaleiros Templários" e os
"Hospitalários" para confrontarem-se com os sarracenos. Os Templários, com
apenas uma sombra de seu poder anterior, se estabeleceram na ilha de Chipre,
com a esperança de uma nova Cruzada. Porém, as esperanças de obterem
auxílio da Europa foram em vão pois, após 200 anos, o espírito das Cruzadas
havia-se extinguido.
Os Templários foram fortemente entrincheirados na Europa e Grã-Bretanha,
com suas grandes casas, suas ricas propriedades, seus tesouros de ouro; seus líderes eram respeitados por príncipes e temidos pelo povo, porém não havia
nenhuma ajuda popular para eles em seus planos de guerra. Foi a riqueza, o
poder da Ordem, que despertou os desejos de inimigos poderosos e, finalmente,
ocasionou sua queda.
Em 1305, Felipe, o Belo, então Rei de França, atento ao imenso poder que
teria se ele pudesse unir as Ordens dos Templários e Hospitalários, conseguindo
um titular controle, procurou agir assim. Sem sucesso em seu arrebatamento de
poder, Felipe reconheceu que deveria destruir as Ordens, a fim de impedir
qualquer aumento de poder do Sumo Pontificado, pois as Ordens eram ligadas
apenas à Igreja.


Filipe IV, O belo
Em 14 de setembro de 1307, Felipe agiu. Ele emitiu regulamentos secretos
para aprisionar todos os Templários.
DeMolay e centenas de outros Templários foram presos e atirados em
calabouços. Foi o começo de sete anos de celas úmidas e frias e torturas
desumanas e cruéis para DeMolay e seus cavaleiros. Felipe forçou o Papa
Clemente V a apoiar a condenação da Ordem, e todas as propriedades e
riquezas foram transferidas para outros donos. O Rei forçou DeMolay a trair os
outros líderes da Ordem e descobrir onde todas as propriedades e os fundos
poderiam ser encontrados. Apesar do cavalete e outras torturas, DeMolay
recusou-se.

Papa Clemente V
Finalmente, em 18 de março de 1314, uma comissão especial, que havia sido
nomeada pelo Papa, reuniu-se em Paris para determinar o destino de DeMolay e
três de seus Preceptores na Ordem. Entre a evidência que os comissários leram,
encontrava-se uma confissão forjada de Jacques DeMolay há seis anos
passados. A sentença dos juizes para os quatro cavaleiros era prisão perpétua.
Dois dos cavaleiros aceitaram a sentença, mas DeMolay não; ele negou a antiga
confissão forjada, e Guy D'Avergnie ficou a seu lado. De acordo com os
costumes legais da época, isso era uma retratação de confissão e punida por
morte. A comissão suspendeu a seção até o dia seguinte, a fim de deliberar.
Felipe não quis adiar nada e, ouvindo os resultados da Corte, ele ordenou que os
prisioneiros fossem queimados no pelourinho naquela tarde.
Quando os sinos da Catedral de Notre Dame tocavam ao anoitecer do dia 18
de março de 1314, Jacques DeMolay e seu companheiro foram queimados vivos no pelourinho, numa pequena ilha do Rio Sena, destemidos até o fim. Apesar do
corpo de DeMolay ter perecido naquele dia, o espírito e as virtudes desse
homem, para quem a Ordem DeMolay foi denominada, viverão para sempre.
"Embora o corpo de DeMolay tivesse sucumbido aquela noite, seu espírito
e suas virtudes pairam sobre a Ordem DeMolay, cujo nome em sua
homenagem viverá eternamente."
Jacques DeMolay, com 70 anos, durante sua morte na fogueira intimou aos
seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçoando-os,
bem como aos descendentes do Rei da França, Filipe "O Belo".

A Maldição lançada por Jacques DeMolay
No momento em que era amarrado no pelourinho, DeMolay gritava:
" - Vergonha! Vergonha! Vós estais vendo morrer inocentes. Vergonha sobre vós
todos".
Enquanto DeMolay queimava na fogueira, ele disse suas últimas palavras:
"- Nekan, Adonai!!! Papa Clemente... Cavaleiro Guillaume de Nogaret... Rei
Filipe; Intimo-os a comparecerem perante o Tribunal do Juiz de todos nós dentro
de um ano para receberdes o seu julgamento e o justo castigo. Malditos!
Malditos! Todos malditos até a décima terceira geração de suas raças!!!
Após essas palavras, Jacques DeMolay, inclinou a cabeça sobre o ombro e
entregou sua alma ao Pai Celestial.
Do Palácio Real, Filipe assistia a morte de DeMolay e ouvira suas palavras.
Ficou em silêncio mas bastante assustado. Mais tarde comentou com Nogaret:
"Cometi um erro, devia ter mandado arrancar a língua de DeMolay antes de
queimá-lo."
Quarenta dias depois, Filipe e Nogaret recebem uma mensagem: "O Papa
Clemente V morrera em Roquemaure na madrugada de 19 para 20 de abril, por
causa de uma infecção intestinal", Filipe e Nogaret olharam-se e empalideceram.
Rei Filipe IV, o Belo, faleceu em 29 de novembro de 1314, com 46 anos de
idade, quando caiu de um cavalo durante uma caçada em Fountainebleau.
Guillaume de Nogaret acabou falecendo numa manhã da terceira semana de
dezembro, envenenado.
Após a morte de Filipe, a sua dinastia, que governava a França a mais de 3
séculos, foi perdendo a força e o prestígio. Junto a isso veio a Peste Negra e a
Guerra dos Cem Anos, a qual tirou a dinastia dos Capetos do poder, passando
para a dinastia dos Valois.
Hoje tomamos Jacques DeMolay como símbolo de lealdade e tolerância e
lembramos dos seus feitos de coragem, homenageando-o, colocando o seu
nome em nossa Ordem.

Outras fontes indicam uma outra versão da
Última Prece proferida por Jacques DeMolay no
Cadafalso
"Senhor,
permiti-nos refletir sobre os tormentos que a iniqüidade e a
crueldade nos fazem suportar.
Perdoai, ó meu Deus, as calúnias que trouxeram a destruição à
Ordem da qual Vossa Providência me estabeleceu chefe.
Permiti que um dia o mundo, esclarecido, conheça melhor os que
se esforçam em viver para Vós.
Nós esperamos, da Vossa Bondade, a recompensa dos
tormentos e da morte que sofremos para gozar da Vossa Divina
Presença nas moradas bem-aventuradas.
Vós, que nos vedes prontos a perecer nas chamas, Vós, que nos
vedes prontos a perecer nas chamas, vós julgareis nossa
inocência.
Intimo o papa Clemente V em quarenta dias e Felipe o Belo em
um ano, a comparecerem diante do legítimo e terrível trono de
Deus para prestarem conta do sangue que injusta e cruelmente
derramaram."
Esta é uma outra versão da prece proferida no dia 18 de março de 1314, no
momento em que o
Grão-Mestre Jacques DeMolay e seu fiel companheiro foram supliciados.
Os gases letais interromperam o anátema, DeMolay dobrou-se e perdeu os
sentidos. O impacto inesperado deixou a multidão estarrecida. Não esperavam
essa reação, mas cada um sentiu em si o peso da injustiça e a certeza que a
maldição se cumpriria. Quarenta dias depois, Felipe e Nogaret receberam uma
mensagem "o Papa Clemente morrera". Felipe e Nogaret olharam-se e
empalideceram, no pergaminho dizia que a morte ocorrera entre o dia 19 e 20 de
abril. O Papa Clemente morreu pôr ingerir esmeraldas reduzidas a pó( para curar
sua febre e um ataque de angústia e sofrimento) que provavelmente cortaram
seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos, quando
retornava a sua cidade natal. Guilherme de Nogaret veio a falecer numa manhã
da terceira semana de Maio, envenenado por uma vela feita por Evrard, antigo
Templário, com a ajuda de Beatriz d'Hirson. O veneno contido na vela era
composto de dois pós; de cores diferentes:
- Cinza: Cinzas da língua de um dos irmãos de d'Aunay , elas tinham um
poder sobrenatural para atrair o demônio.
- Cristal Esbranquiçado: "Serpente de faraó" Provavelmente sulfocia de
mercúrio. Gera por combustão: Ácido Sulfúrico, vapores de mercúrio e
compostos anidridos podendo assim provocar intoxicações. Morreu vomitando
sangue, com câimbras, gritando o nome daqueles que morreram por suas mãos.
Felipe o Belo veio a morrer em 27 de Novembro de 1314, com 46 anos de idade,
em uma caçada. Saiu a caçar com seu camareiro, seu secretário particular e
alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de
seus cães foram em busca de um raro cervo de 12 galhos visto perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que o ajuda a
localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe percebeu uma cruz
que brilhava, começou a passar mal e caiu do cavalo. Foi achado por seus
companheiros e levado de volta ao palácio repetindo sempre " A cruz, a cruz.."
Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte que fosse levado a sua
cidade natal ; no caso do rei, Fontainebleau. " A mão de Deus fere depressa,
sobretudo quando a mão dos homens ajuda" teria dito um dos Templários
remanescentes, jurando vingança.
http://www.culturabrasil.pro.br/demolay.htm

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